sábado, 9 de fevereiro de 2008




Mons. João S. Clá Dias






O Rosário



A oração da paz


São Paulo
- Fevereiro de 2008 -



“A família que reza unida, permanece unida”



A feliz iniciativa do Papa João Paulo II de acrescentar os Mistérios de Luz ao Rosário, veio abrir um novo capítulo na história da devoção a Maria, cujos frutos de santificação se prolongarão pelos séculos. Com este ato, quis o Papa coroar os vinte cinco anos de seu operoso pontificado, e dar sequência ao Jubileu do Ano 2000, estimulando os cristãos a redescobrir a oração mariana por excelência.

O Terceiro Milênio nasceu toldado de apreensões e tragédias. Mas esta oportuna decisão do Papa fez raiar no mundo uma verdadeira aurora de esperança. Pois é na oração do Rosário que está a verdadeira solução para os problemas modernos, sejam eles na ordem pública, como no âmbito privado.

Nas aparições de Nossa Senhora, em Fátima, recomendou a Mãe de Deus com particular empenho a devoção do Rosário como meio seguro de alcançar a paz.

Na primeira aparição, a 13 de maio de 1917, aconselhou aos três pastorinhos que rezassem diariamente o Terço para alcançar o fim da guerra e a paz do mundo. Renovou com insistência, na segunda e na terceira aparição, o pedido de rezar o Terço todos os dias.

E no dia 13 de setembro, a Virgem Santíssima insistiu mais uma vez na necessidade da recitação diária do Terço, como meio de alcançar o fim da guerra mundial que ensanguentava o mundo.

Foi somente na última aparição, em 13 de outubro, que Nossa Senhora consentiu em revelar sua identidade às três crianças, utilizando estas simples palavras: “Eu sou a Senhora do Rosário”. Não poderia haver maior prova de apreço da Mãe de Deus por esta devoção.



Jesus é a nossa paz


Grande devoto de Maria, João Paulo II confiou a obtenção da paz para o mundo Àquela

que é a Rainha da Paz. Por isso afirma o Santo Padre na Carta Apostólica Rosarium Virginis Mariae:

No início de um Milênio que começou com as cenas assustadoras do atentado de 11 de setembro de 2001 e que registra, cada dia, em tantas partes do mundo, novas situações de sangue e violência, descobrir novamente o Rosário significa mergulhar na contemplação do mistério d'Aquele que ‘é a nossa paz’, tendo feito ‘de dois povos um só, destruindo o muro da inimizade que os separava’ (Ef 2,14).

Pouco valem as tentativas da política, se as almas continuam exacerbadas e não são capazes de um novo olhar do coração. Quem pode, porém, infundir tais sentimentos, senão o próprio Deus?... Exatamente nessa perspectiva, o Rosário se revela uma oração particularmente indicada.





O Rosário, a paz da família



Falta a paz, hoje em dia, não somente entre as nações, mas, muitas vezes, até no recinto do lar. “Quanta paz estaria assegurada nas relações familiares, se fosse retomada a recitação do Santo Rosário em família!” – exclamou o Papa recentemente.

A família – adverte o Papa – célula da sociedade, está cada vez mais ameaçada por forças desagregadoras a nível ideológico e prático, que fazem temer pelo futuro dessa instituição fundamental e imprescindível e, consequentemente, pela sorte da sociedade inteira.

O relançamento do Rosário nas famílias cristãs, no âmbito de uma pastoral mais ampla da família, propõe-se como ajuda eficaz para conter os efeitos devastadores desta crise da nossa época.

A família que reza unida, permanece unida – continua o Santo Padre. O Santo Rosário, por antiga tradição, presta-se de modo particular a ser uma oração onde a família se encontra. Os seus diversos membros, precisamente ao fixarem o olhar em Jesus, recuperam também a capacidade de se olharem sempre de novo, olhos nos olhos, para comunicarem, solidarizarem-se, perdoarem-se mutuamente, recomeçarem com um pacto de amor renovado pelo Espírito de Deus.

Muitos problemas das famílias contemporâneas, sobretudo nas sociedades economicamente evoluídas, derivam do fato de ser cada vez mais difícil comunicar. Não conseguem estar juntos, e os raros momentos para isso acabam infelizmente absorvidos pelas imagens duma televisão.

Retomar a recitação do Rosário em família significa inserir na vida diária imagens bem diferentes – as do mistério que salva: a imagem do Redentor, a imagem de sua Mãe Santíssima. A família, que reza unida o Rosário, reproduz em certa medida o clima da casa de Nazaré: põe-se Jesus no centro, partilham-se com Ele alegrias e sofrimentos, colocam-se nas suas mãos necessidades e projetos, e d'Ele se recebe a esperança e a força para o caminho.

Conhecedor dos grandes problemas do mundo de hoje, e convicto de que a sua solução está na oração, o Papa lança um supremo apelo a todos os fiéis:

Penso em vós todos, irmãos e irmãs de qualquer condição, em vós, famílias cristãs, em vós doentes e idosos, em vós, jovens: retomai confiadamente nas mãos o terço do Rosário.
Que este meu apelo não fique ignorado!
A exemplo do Santo Padre, façamos nossa a oração do Beato Bártolo Longo, com que João Paulo II encerra seu belíssimo documento sobre o Rosário, e a transformemos em propósito de vida:
“Ó Rosário bendito de Maria, doce cadeia que nos prende a Deus, vínculo de amor que nos une aos Anjos, torre de salvação contra os assaltos do inferno, porto seguro no naufrágio geral, não te deixaremos nunca mais. Serás o nosso conforto na hora da agonia. Seja para ti o último beijo da vida que se apaga. E a última palavra dos nossos lábios há de ser o vosso nome suave, ó Rainha do Rosário de Pompeia, ó nossa Mãe querida, ó Refúgio dos pecadores, ó Soberana consoladora dos tristes. Sede bendita em todo o lado, hoje e sempre, na Terra e no Céu”.



Mistérios Gozosos


No primeiro mistério contemplamos






A ANUNCIAÇÃO DO ANJO E A

ENCARNAÇÃO DO VERBO




No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um varão que se chamava José, da casa de Davi, e o nome da virgem era Maria. Entrando, o anjo disse-lhe: Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo. Perturbou-se ela com estas


palavras e pôs-se a pensar no que significaria semelhante saudação. O anjo disse-lhe: Não temas, Maria, pois encontraste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus. Ele será grande e chamar-se-á Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi; e reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu reino não terá fim. Maria perguntou ao anjo: Como se fará isso, pois não conheço varão?

Respondeu-lhe o anjo: O Espírito Santo descerá sobre ti, e a força do Altíssimo te envolverá com a sua sombra. Por isso o ente santo que nascer de ti será chamado Filho de Deus. Também, Isabel, tua parenta, até ela concebeu um filho na sua velhice; e já está no sexto mês aquela que é tida como estéril, porque a Deus nenhuma coisa é impossível. Então disse Maria: Eis aqui que a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo tua palavra. E o anjo afastou-se dela (Lc 1, 26-38).


A primogênita de todas as criaturas, a síntese da ordem do universo, a Mãe da Sabedoria, não foi capaz de imaginar como seria possível realizar-se n'Ela a Encarnação do Verbo. "A Deus nenhuma coisa é impossível"

disse-lhe o Anjo. De um lado a humildade perfeitíssima de uma Virgem, de outro o poder absoluto de Deus. A onipotência se deixa atrair pela despretensão. Por este Mistério, peçamos por intercessão da Santíssima Virgem que seja infundido em nossa alma o mesmo dom de humildade que Ela possui, e uma inteira confiança na onipotência divina.

(Pausa para meditação)


Pai-Nosso, 10 Ave-Marias, Glória, Ó meu Jesus...


Graças do Mistério da Encarnação, descei em nossas almas. Amém.




***


No segundo mistério contemplamos





A VISITAÇÃO DE MARIA SANTÍSSIMA A SANTA ISABEL


Naqueles dias, Maria se levantou e foi às pressas às montanhas, a uma cidade de Judá. Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel. Ora, apenas Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança estremeceu no seu seio; e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. E exclamou em alta voz: Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. Donde me vem esta honra de vir a mim a mãe de meu Senhor? Pois assim que a voz de tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança estremeceu de alegria no meu seio. Bem-aventurada és tu que creste, pois se hão de cumprir as coisas que da parte do Senhor te foram ditas! E Maria disse: Minha alma glorifica ao Senhor, meu espírito exulta de alegria em Deus, meu Salvador, porque olhou para sua pobre serva. Por isto, desde agora, me proclamarão bem-aventurada todas as gerações, porque realizou em mim maravilhas aquele que é poderoso e cujo nome é Santo. Sua misericórdia se estende, de geração em geração, sobre os que o temem. Manifestou o poder do seu braço: desconcertou os corações dos soberbos. Derrubou do trono os poderosos e exaltou os humildes. Saciou de bens os indigentes e despediu de mãos vazias os ricos. Acolheu a Israel, seu servo, lembrando da sua misericórdia, conforme prometera a nossos pais, em favor de Abraão e sua posteridade, para sempre. Maria ficou com Isabel

cerca de três meses. Depois voltou para casa (Lc 1, 39-56).



Tão logo ali ressoou a voz da Mãe do Verbo Encarnado, toda a família do Batista se viu cumulada de graças e bênçãos celestiais, numa primeira manifestação da inesgotável riqueza de benefícios e misericórdias que Jesus trazia ao mundo. Por este Mistério, peçamos por intercessão da Santíssima Virgem a graça de estar sempre atentos à voz de Maria em nosso interior, e de uma ardente caridade para com nosso próximo.



(Pausa para meditação)



Pai-Nosso, 10 Ave-Marias, Glória, Ó meu Jesus...



Graças do Mistério da Visitação, descei em nossas almas. Amém.



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No terceiro mistério contemplamos










O NASCIMENTO DO MENINO JESUS EM BELÉM



Naqueles tempos apareceu um decreto de César Augusto, ordenando o recenseamento de toda a terra. Este recenseamento foi feito antes do governo de Quirino, na Síria. Todos iam alistar-se, cada um na sua cidade. Também José subiu da Galileia, da cidade de Nazaré, à Judeia, à Cidade de Davi, chamada Belém, porque era da casa e família de Davi, para se alistar com sua esposa Maria, que estava grávida. Estando eles ali, completaram-se os dias dela. E deu à luz seu filho primogênito e, envolvendo-o em faixas, reclinou-o num presépio; porque não havia lugar para eles na hospedaria. Havia nos arredores uns pastores, que vigiavam e guardavam seu rebanho nos campos durante as vigílias da noite. Um anjo do Senhor apareceu-lhes e a glória do Senhor refulgiu ao redor deles, e tiveram grande temor. O anjo disse-lhes: Não temais, eis que vos anuncio uma boa nova que será alegria para todo o povo: hoje vos nasceu na Cidade de Davi um Salvador, que é o Cristo Senhor. Isto vos servirá de sinal: achareis um recém-nascido envolto em faixas e posto numa manjedoura. E subitamente ao anjo se juntou uma multidão do exército celeste, que louvava a Deus e dizia: Glória a Deus no mais alto dos céus e na terra paz aos homens, objetos da benevolência (divina). Depois que os anjos os deixaram e voltaram para o Céu, falaram os pastores uns aos outros: Vamos até Belém e vejamos o que se realizou e o que o Senhor nos manifestou. Foram com grande pressa e acharam Maria e José, e o menino deitado na manjedoura. Vendo-o, contaram o que se lhes havia dito a respeito deste menino. Todos os que os ouviam admiravam-se das coisas que lhes contavam os pastores. Maria conservava todas estas palavras, meditando-as no seu coração. Voltaram os pastores, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, e que estava de acordo com o que lhes fora dito. Completados que foram os oito dias para ser circuncidado o menino, foi-lhe posto o nome de Jesus, como lhe tinha chamado o anjo, antes de ser concebido no seio materno (Lc 2, 1-21).


O Céu e a Terra celebram o nascimento do Salvador. E na gruta de Belém, a Santíssima Virgem tomou reverentemente o Menino Jesus e O estreitou ao peito. Imaginemos os sentimentos de devoção, de ternura e de amor que experimentou Maria ao ver em seus braços o Senhor do mundo, o Filho do Eterno Pai, que se havia dignado fazer-se também Filho d'Ela, elegendo-A por Mãe entre todas as mulheres. Por este mistério, peçamos por intercessão da Santíssima Virgem a graça de conservar sempre todas "as palavras" que nos sejam ditas pelo Espírito Santo, em nosso interior, e de meditá-las em nossos corações.



(Pausa para meditação)



Pai-Nosso, 10 Ave-Marias, Glória, Ó meu Jesus...



Graças do Mistério do Nascimento de Jesus, descei em nossas almas. Amém.




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No quarto mistério contemplamos








A APRESENTAÇÃO DO MENINO JESUS NO

TEMPLO E A PURIFICAÇÃO DE MARIA



Concluídos os dias da sua purificação segundo a Lei de Moisés, levaram-no a Jerusalém para o apresentar ao Senhor, conforme o que está escrito na lei do Senhor: Todo primogênito do sexo masculino será consagrado ao Senhor (Ex 13,2) e, para oferecerem o sacrifício prescrito pela lei do Senhor, um par de rolas ou dois pombinhos. Ora, havia em Jerusalém um homem chamado Simeão. Este homem, justo e piedoso, esperava a consolação de Israel, e o Espírito Santo estava nele. Fora-lhe revelado pelo Espírito Santo que não morreria sem primeiro ver o Cristo do Senhor. Impelido pelo Espírito Santo, foi ao templo. E tendo os pais apresentado o Menino Jesus, para cumprirem a respeito dele os preceitos da lei, tomou-o em seus braços e, louvou a Deus nestes termos: "Agora , Senhor, deixai o vosso servo ir em paz, segundo a vossa palavra. Porque os meus olhos viram a vossa salvação que preparastes diante de todos os povos, como luz para iluminar as nações, e para a glória de vosso povo de Israel". Seu pai e sua mãe estavam admirados das coisas que dele se diziam. Simeão abençoou-os e disse a Maria, sua mãe: "Eis que este menino está destinado a ser uma causa de queda e de soerguimento para muitos homens em Israel, e a ser um sinal que provocará contradições,

a fim de serem revelados os pensamentos de muitos corações. E uma espada transpassará a tua alma" (Lc 2, 22-35).


Diante do Sumo Bem, não pode haver posição de neutralidade: ou a adesão, ou a repulsa. Seguindo nós os caminhos do Evangelho, dar-se-á conosco o mesmo que se passou com Jesus. Por este Mistério, peçamos por intercessão da Santíssima Virgem a graça de cumprirmos com perfeição a Lei, aceitando com amor e resignação as contradições que possamos causar nos outros, por nossos dons ou virtudes.



(Pausa para meditação)


Pai-Nosso, 10 Ave-Marias, Glória, Ó meu Jesus...



Graças do Mistério da Apresentação, descei em nossas almas. Amém.




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No quinto mistério contemplamos








A PERDA E O ENCONTRO

DO MENINO JESUS NO TEMPLO




Seus pais iam todos os anos a Jesrusalém para a festa da Páscoa. Tendo ele atingido doze anos, subiram a Jerusalém, segundo o costume da festa. Acabados os dias da festa, quando voltavam, ficou o Menino Jesus em Jerusalém, sem que os seus pais o percebessem. Pensando que ele estivesse com os seus companheiros de comitiva, andaram caminho de um dia e o buscaram entre os parentes e conhecidos. Mas não o encontrando, voltaram a Jerusalém, à procura dele. Três dias depois o acharam no templo, sentado no meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando-os. Todos os que o ouviam estavam maravilhados da sabedoria de suas respostas. Quando eles o viram, ficaram admirados. E sua mãe disse-lhe: Meu filho, que nos fizeste?! Eis que teu pai e eu andávamos à tua procura, cheios de aflição. Respondeu-lhes ele: Por que me procuráveis? Não sabíeis que devo ocupar-me das coisas de meu Pai? Eles, porém, não compreenderam o que ele lhes dissera. Em seguida, desceu com eles a Nazaré e lhes era submisso. Sua mãe guardava todas estas coisas no seu coração. E Jesus crescia em estatura, em sabedoria e graça, diante de Deus e dos homens (Lc 2, 41-52).



Maria e José puseram-se imediatamente a procurar Jesus, assim que deram-se conta de Seu desaparecimento. Exemplo excelso para nós: se por culpa, ou não, viermos a perder Jesus procuremo-Lo com toda presteza. Por este Mistério, peçamos por intercessão da Santíssima Virgem a graça de jamais perdermos a Jesus mas, se isto se der, que O busquemos com a mesma diligência d'Ela e de São José.



(Pausa para meditação)



Pai-Nosso, 10 Ave-Marias, Glória, Ó meu Jesus...


Graças do Mistério da Perda e do Encontro de Jesus, descei em nossas almas. Amém.



Orações Finais: Pai Eterno, Infinitas graças, Salve Rainha e Ladainha de Nossa Senhora.



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Mistérios Luminosos


No primeiro mistério contemplamos





O BATISMO DE JESUS NO JORDÃO





Da Galileia foi J
esus ao Jordão ter com João, a fim de ser batizado por ele. João recusava-se: “Eu devo ser batizado por ti e tu vens a mim!”. Mas Jesus respondeu: “Deixa por agora, pois convém cumpramos a justiça completa”. Então João cedeu. Depois que Jesus foi batizado, saiu logo da água. Eis que os céus abriram e viu descer sobre ele, em forma de pomba, o Espírito de Deus. E do céu baixou uma voz: “Eis meu Filho muito amado em quem ponho minha afeição” (Mt 3, 13-17).


Jesus, a Inocência Encarnada, antes de iniciar sua vida pública, fez-se batizar, assumindo sobre si nossas fraquezas, maldades e misérias. Assim devem começar todas as obras de santidade: por uma purificação. Por este Mistério, peçamos por intercessão da Santíssima Virgem a graça de que, pelo Batismo de Seu Divino Filho, nos obtenha um coração limpo e um espírito novo, para realizarmos com perfeição nosso apostolado junto ao próximo.


(Pausa para meditação)


Pai-Nosso, 10 Ave-Marias, Glória, Ó meu Jesus...


Graças do Mistério do Batismo de Jesus, descei em nossas almas. Amém.


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No segundo mistério contemplamos









A REALIZAÇÃO DO PRIMEIRO MILAGRE DE JESUS, TRANSFORMANDO A ÁGUA EM VINHO, NAS BODAS DE CANÁ


Celebravam-se bodas em Caná da Galileia, e achava-se ali a mãe de Jesus. Também foram convidados Jesus e os seus discípulos. Como viesse a faltar vinho, a mãe disse-lhe: “Eles já não têm vinho”. Respondeu-lhe Jesus: “Mulher, isso compete a nós? Minha hora ainda não chegou”. Disse, então, sua mãe aos serventes: “Fazei o que ele vos disser”. Ora achavam-se ali seis talhas de pedra para as purificações dos judeus, que continham cada qual duas ou três medidas. Jesus ordena-lhes: “Enchei as talhas de água”. Eles encheram-nas até em cima. “Tirai agora, disse-lhes Jesus, e levai ao chefe dos serventes”. E levaram. Logo que o chefe dos serventes provou da água tornada vinho, não sabendo de onde era (se bem que o soubessem os serventes, pois tinham tirado a água), chamou o noivo e disse-lhe: “É costume servir primeiro o vinho bom, e depois, quando os convidados já estão quase embriagados, servir o menos bom. Mas tu guardaste o vinho melhor até agora”. Esse foi o primeiro milagre de Jesus; realizou-o em Caná da Galileia. Manifestou a sua glória, e os seus discípulos creram nele (Jo 2, 1-11).


Em realidade, a hora ainda não havia chegado. Entretanto uma simples insinuação da Mãe leva Jesus a antecipar seus portentosos milagres. Permitiu a Providência que assim sucedesse, para ensinar-nos o maravilhoso poder de meditação de Maria Santíssima junto ao Seu Divino Filho. Por este Mistério, peçamos por intercessão da Santíssima Virgem a graça de termos uma confiança inabalável, pura e crescente na sua onipotência suplicante.


(Pausa para meditação)


Pai-Nosso, 10 Ave-Marias, Glória, Ó meu Jesus...


Graças do Mistério do milagre das bodas de Caná, descei em nossas almas. Amém.




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No terceiro mistério contemplamos





A PREGAÇÃO DE JESUS ANUNCIANDO O REINO DE DEUS E CONVIDANDO À CONVERSÃO


Um fariseu convidou Jesus a ir comer com ele. Jesus entrou na casa dele e pôs-se à mesa. Uma mulher pecadora da cidade, quando soube que estava à mesa em casa do fariseu, trouxe um vaso de alabastro cheio de perfume; e, estando a seus pés, por detrás dele, começou a chorar. Pouco depois suas lágrimas banhavam os pés do Senhor e ela os enxugava com os cabelos, beijava-os e os ungia com perfume. Ao presenciar isso, o fariseu, que o tinha convidado, dizia consigo mesmo: “Se este homem fosse profeta, bem saberia quem e qual é a mulher que o toca, pois é pecadora”. Então Jesus disse: “Simão, tenho uma coisa a dizer-te”. “Fala, Mestre”, disse ele. “Um credor tinha dois devedores: um lhe devia quinhentos denários e o outro, cinqüenta. Não tendo eles com que pagar, perdoou a ambos a sua dívida. Qual deles o amará mais?” Simão respondeu: “A meu ver, aquele a quem ele mais perdoou”. Jesus replicou-lhe: “Julgaste bem”. E voltando-se para a mulher, disse a Simão: “Vês esta mulher? Entrei em tua casa e não me deste água para lavar os pés; mas esta, com as suas lágrimas, regou-me os pés e enxugou-os com os seus cabelos. Não me deste o ósculo; mas esta, desde que entrou, não cessou de beijar-me os pés. Não me ungiste a cabeça com óleo; mas esta, com perfume, ungiu-me os pés. Por isso te digo: seus numerosos pecados lhe foram perdoados, porque ela tem demonstrado muito amor. Mas ao que pouco se perdoa, pouco ama”. E disse a ela: “Perdoados te são os pecados”. Os que estavam com ele à mesa começaram a dizer, então: “Quem é este homem que até perdoa pecados?” Mas Jesus, dirigindo-se à mulher, disse-lhe: “Tua fé te salvou; vai em paz” (Lc 7, 36-48).


Dinheiro, prestígio, dons humanos de nada valem sem a virtude da fé. E de que vale a fé sem o amor? Nesta passagem do Evangelho, Jesus nos ensina divinamente o quanto, para fazer parte de Seu Reino, já nesta terra, é necessário nEle crer e amá-Lo. Por este mistério, peçam os por intercessão da Santíssima Virgem a graça de que nos obtenha de Jesus – guardadas as devidas proporções – a mesma fé e amor que tanto marcaram o relacionamento entre Mãe e Filho.



(Pausa para meditação)



Pai-Nosso, 10 Ave-Marias, Glória, Ó meu Jesus...



Graças do Mistério da pregação de Jesus e de sua misericórdia para com os pecadores, desce
em nossas almas. Amém.


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No quarto mistério contemplamos






A TRANSFIGURAÇÃO DE JESUS NO MONTE TABOR


Jesus tomou consigo a Pedro, Tiago e João, seu irmão, e conduziu-os à parte a uma alta montanha. Lá se transfigurou na presença deles: seu rosto brilhou como o sol, suas vestes tornaram-se resplandecentes de brancura. E eis que apareceram Moisés e Elias conversando com ele. Pedro tomou então a palavra e disse-lhe: “Senhor, é bom estarmos aqui. Se queres, farei três tendas: uma para ti, uma para Moisés e outra para Elias”. Falava ele ainda, quando veio uma nuvem luminosa e os envolveu. E daquela nuvem fez-se ouvir uma voz que dizia: “Eis o meu Filho muito amado, em quem pus toda minha afeição; ouvi-o”. Ouvindo essa voz, os discípulos caíram com a face por terra e tiveram medo. Mas Jesus aproximou-se deles e tocou-os, dizendo: “Levantai-vos e não temais”. Eles levantaram os olhos e não viram mais ninguém, senão unicamente Jesus (Mt 17, 1-8).


Ao se transfigurar diante dos três Apóstolos, Jesus fortaleceu nossa esperança sobre a vida eterna, animando-nos a suportar bem os sofrimentos e provações nesta terra. Sabendo nós a glória q


ue nos aguarda, temos mais paciência em meio às tribulações. Será com esse mesmo fulgor nossa ressurreição no dia do Juízo. Por este Mistério, peçamos por intercessão da Santíssima Virgem a graça de nunca perdermos a convicção da glória que está reservada para os que perseverarem, a fim de jamais desanimarmos ao longo de nossa existência.



(Pausa para meditação)



Pai-Nosso, 10 Ave-Marias, Glória, Ó meu Jesus...


Graças do Mistério da Transfiguração de Jesus, descei em nossas almas. Amém.


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No quinto mistério contemplamos





A INSTITUIÇÃO DA EUCARISTIA NA ÚLTIMA CEIA



Durante a refeição, Jesus tomou o pão, benzeu-o, partiu-o e o deu aos discípulos, dizendo: “Tomai e comei, isto é meu corpo”. Tomou depois o cálice, rendeu graças e deu-lho, dizendo: “Bebei dele todos, porque isto é meu sangue, o sangue da Nova Aliança, derramado por muitos homens em remissão dos pecados. Digo-vos: doravante não beberei mais desse fruto da vinha até o dia em que o beberei de novo convosco no Reino de meu Pai” (Mt 26, 26-29).



Que mais poderia nos ter dado Jesus? Fez-se comida e bebida para podermos participar eternamente da sua própria vida. Desceu do mais alto dos Céus assumindo a substância do pão e do vinho para elevar-nos ao convívio de Deus. Ao comungarmos, nós nos assemelhamos a Maria, por momentos, possuindo o Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus em nossas entranhas. Por este Mistério, peçamos a Nossa Senhora do Santíssimo Sacramento a graça de crescer ardorosamente na devoção eucarística, e de jamais perdermos a oportunidade de comungar com toda a fé, esperança e amor.


(Pausa para meditação)



Pai-Nosso, 10 Ave-Marias, Glória, Ó meu Jesus...



Graças do Mistério da instituição da Eucaristia, descei em nossas almas. Amém.



Orações Finais: Pai Eterno, Infinitas graças, Salve Rainha e Ladainha de
Nossa Senhora.





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Mistérios Dolorosos




No primeiro mistério contemplamos





A AGONIA DE JESUS NO HORTO DAS OLIVEIRAS


Conforme o seu costume, Jesus saiu dali e dirigiu-se para o monte das Oliveiras, seguido dos seus discípulos. Ao chegar àquele lugar, disse-lhes: Orai para que não caiais em tentação. Depois se afastou deles à distância de um tiro de pedra e, ajoelhando-se, orava: Pai, se é de teu agrado, afasta de mim este cálice! Não se faça, todavia, a minha vontade, mas sim a tua. Apareceu-lhe então um anjo do céu para confortá-lo. Ele entrou em agonia e orava com mais instância, e seu suor tornou-se como gotas de sangue a escorrer pela terra. Depois de ter rezado, levantou-se, foi ter com os discípulos e achou-os adormecidos de tristeza. Disse-lhes: Por que dormis? Levantai-vos, orai, para não cairdes em tentação (Lc 22, 39-46).


As orações de Jesus ao Pai constituem uma das mais belas cenas do Evangelho. Onde encontrar, em toda a obra da criação, um relacionamento com Deus tão rico quanto aquele? Jesus é para nós o divino exemplo e conselheiro. Aprendamos d'Ele a rezar para não cair em tentação. Por este Mistério, peçamos por intercessão da Santíssima Virgem a graça de nos beneficiarmos plenamente das orações de Jesus, em especial desta, feita no Horto das Oliveiras, e assim sejamos com Ele contemplativos.


(Pausa para meditação)


Pai-Nosso, 10 Ave-Marias, Glória, Ó meu Jesus...


Graças do Mistério da Agonia no Horto das Oliveiras, descei em nossas almas. Amém.


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No segundo mistério contemplamos





A FLAGELAÇÃO DE JESUS


Pilatos entrou no pretório, chamou Jesus e perguntou-lhe: És tu o rei dos judeus? Jesus respondeu: Dizes isso por ti mesmo, ou foram outros que to disseram de mim? Disse Pilatos: Acaso sou eu judeu? A tua nação e os sumos sacerdotes entregaram-te a mim. Que fizeste? Respondeu Jesus: O meu Reino não é deste mundo. Se o meu Reino fosse desse mundo, os meus súditos certamente teriam pelejado para que eu não entregue aos judeus. Mas o meu Reino não é deste mundo. Perguntou-lhe então Pilatos: És, portanto, rei? Respondeu Jesus: Sim, eu sou rei. É para dar testemunho da verdade que nasci e vim ao mundo. Todo o que é da verdade ouve a minha voz. Disse-lhe Pilatos: Que é a verdade?... Falando isso, saiu de novo, foi ter com os judeus e disse-lhes: Não acho nele crime algum. Pilatos mandou então flagelar Jesus (Jo 18, 33-40; 19,1).


Esta é a atitude frequente de todos os que buscam uma posição neutra entre o Bem e o mal: em situação crítica, preferem de certa maneira, sacrificar algo do Bem, em busca de um abrandamento do mal. Como em Jesus, Pilatos não encontrava crime algum, mandou-O flagelar. Por este Mistério, peçamos por intercessão da Santíssima Virgem a graça de sempre atender com entusiasmo e perfeição aos chamados de Deus, a fim de que não sigamos jamais o exemplo de Pilatos, mandando flagelar a Jesus.


(Pausa para meditação)


Pai-Nosso, 10 Ave-Marias, Glória, Ó meu Jesus...


Graças do Mistério da Flagelação, descei em nossas almas. Amém.


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No terceiro mistério contemplamos








A COROAÇÃO DE ESPINHOS DE JESUS


Rei e Deus verdadeiro, Jesus, depois de ter seu sacratíssimo corpo lacerado pelos açoites dos algozes, sofreu na sua fronte adorável o tormento dos espinhos. Esse suplício, de si tão doloroso, foi acompanhado de outros, como bofetadas, escarros, sarcasmos e blasfêmias dos soldados, segundo atestam os evangelistas. Os soldados conduziram-no ao interior do pátio, isto é, ao pretório, onde convocaram toda a coorte. Vestiram Jesus de púrpura, teceram uma coroa de espinhos e a colocaram na sua cabeça. E começaram a saudá-lo: Salve, rei dos judeus! Davam-lhe na cabeça com uma vara, cuspiam nele e punham-se de joelhos como para homenageá-lo. Depois de terem escarnecido dele, tiraram-lhe a púrpura, deram-lhe de novo as vestes e conduziram-lhe fora para o crucificar (Mc 15, 16-20).



Por este mistério, peçamos por intercessão da Santíssima Virgem a graça de suportar com humildade e resignação as injúrias e ofensas, ainda que injustas, mantendo sempre – como Jesus – um alto senso de nossa dignidade.



(Pausa para meditação)



Pai-Nosso, 10 Ave-Marias, Glória, Ó meu Jesus...


Graças do Mistério da Coroação de Espinhos, descei em nossas almas. Amém.
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No quarto mistério contemplamos








JESUS A CAMINHO DO CALVÁRIO, LEVANDO A CRUZ ÀS COSTAS


Enquanto o conduziam, detiveram um certo Simão de Cirene, que voltava do campo, e impuseram-lhe a cruz para que a carregasse atrás de Jesus. Seguia-o uma grande multidão de povo e de mulheres, que batiam no peito e o lamentavam. Voltando-se para elas, Jesus disse: Filhas de Jerusalém, não chorais sobre mim, mas chorai sobre vós mesmas e sobre vossos filhos. Porque virão dias em que se dirá: Felizes as estéreis, os ventres que não geraram e os peitos que não amamentaram! Então dirão aos montes: Caí sobre nós! E aos outeiros: Cobri-nos! Porque, se eles fazem isto ao lenho verde, que acontecerá ao seco? Eram conduzidos ao mesmo tempo dois malfeitores para serem mortos com Jesus (Lc 23, 26-32).





Nosso Senhor Jesus Cristo, logo depois de condenado por Pilatos, tomou a cruz sobre os ombros para levá-la ao Calvário e nela morrer crucificado. Ele a carregou sem manifestar repugnância alguma. Antes, abraçou-a com amor indizível, porque desejava arvorar bem alto o estandarte sob o qual haveriam de se alistar seus seguidores nesta Terra. Sob o peso dela, Jesus alcançava nossa salvação; e com seu exemplo, dava-nos forças para abraçarmos nossa própria cruz, e assim vencermos as provas desta vida. É através da cruz que, com Ele, compartilharemos depois o Reino dos Céus. Por este Mistério, peçamos por intercessão da Santíssima Virgem a paciência, a coragem e a fortaleza necessárias para carregarmos todas as nossas cruzes.



(Pausa para meditação)



Pai-Nosso, 10 Ave-Marias, Glória, Ó meu Jesus...


Graças do Mistério do Caminho do Calvário, descei em nossas almas. Amém.


***




No quinto mistério contemplamos






A CRUCIFIXÃO E MORTE DE JESUS


Junto à cruz de Jesus estavam de pé sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Cleófas, e Maria Madalena. Quando Jesus viu sua mãe e perto dela o discípulo que amava, disse à sua mãe: Mulher, eis aí teu filho. Depois disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. E dessa hora em diante o discípulo a levou para a sua casa. Em seguida, sabendo Jesus que tudo estava consumado, para se cumprir plenamente a Escritura, disse: Tenho sede. Havia ali um vaso cheio de vinagre. Os soldados encheram de vinagre uma esponja e, fixando-a numa vara de hissopo, chegaram-lhe à boca. Havendo Jesus tomado do vinagre, disse: Tudo está consumado. Inclinou a cabeça e rendeu o espírito (Jo 19, 25-30).





Eis a grandeza e o mistério de um Deus que se faz Homem e permite ser morto na cruz para redimir o gênero humano. Um só gesto seu seria suficiente para tal, entretanto preferiu entregar até a última gota de seu preciosíssimo sangue. E que devemos fazer nós para retribuir tão divina bondade? Se “amor com amor se paga”, só mesmo com um amor sem limites e exclusivo por Jesus e sua Mãe Santíssima, seremos justos para com nosso Salvador. Por este Mistério, peçamos por intercessão da Santíssima Virgem a graça da conversão dos pecados, a perseverança dos justos e o alívio das almas do Purgatório.



(Pausa para meditação)



Pai-Nosso, 10 Ave-Marias, Glória, Ó meu Jesus...


Graças do Mistério da Crucifixão e Morte de Jesus, descei em nossas almas. Amém.


Orações Finais: Pai Eterno, Infinitas graças, Salve Rainha e Ladainha de Nossa
Senhora.



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Mistérios Gloriosos




No primeiro mistério contemplamos






A RESSURREIÇÃO DE JESUS


Entretanto, Maria se conservava do lado de fora perto do sepulcro e chorava. Chorando, inclinou-se para olhar dentro do sepulcro. Viu dois anjos vestidos de branco, sentados onde estivera o corpo de Jesus, um à cabeceira e outro aos pés. Eles lhe perguntaram: Mulher, por que choras? Ela respondeu: Porque levaram o meu Senhor, e não sei onde o puseram. Ditas estas palavras, voltou-se para trás e viu Jesus em pé, mas não o reconheceu. Perguntou-lhe Jesus: Mulher, porque choras? Quem procuras? Supondo ela que fosse o jardineiro, respondeu: Senhor, se tu o tiraste, dize-me onde o puseste e eu o irei buscar. Disse-lhe Jesus: Maria! Voltando-se ela, exclamou em hebraico: Rabôni! (que quer dizer Mestre). Disse-lhe Jesus: Não me retenhas, porque ainda não subi a meu Pai, mas vai a meus irmãos, e dize-lhes: Subo para meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus. Maria Madalena correu para anunciar aos discípulos que ela tinha visto o Senhor e contou o que ele lhe tinha falado (Jo, 11-18).


Nosso Senhor triunfou sobre a morte e o pecado. Redimido o gênero humano, franqueadas novamente para nós as portas do Céu, a alma sacratíssima de Jesus reúne-se a seu adorável Corpo no sepulcro, de onde sai para aparecer à sua Santa Mãe, às santas mulheres, aos seus Apóstolos e discípulos. Por este Mistério, peçamos por intercessão da Santíssima Virgem a graça de ter sempre presente em nossa lembrança a cena da Ressurreição, e do Juízo Final, durante o qual todos conhecerão tudo de todos.


(Pausa para meditação)


Pai-Nosso, 10 Ave-Marias, Glória, Ó meu Jesus...



Graças do Mistério da Ressurreição, descei em nossas almas. Amém.
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No segundo mistério contemplamos





A ASCENSÃO DE JESUS


Assim reunidos, eles o interrogavam: Senhor, é porventura agora que ides instaurar o reino de Israel? Respondeu-lhes ele: Não vos pertence a vós saber os tempos nem os momentos que o Pai fixou em seu poder, mas descerá sobre vós o Espírito Santo e vos dará força; e sereis minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria e até os confins do mundo. Dizendo isso elevou-se da (terra) à vista deles e uma nuvem o ocultou aos seus olhos. Enquanto o acompanhavam com seus olhares, vendo-o afastar-se para o céu, eis que lhes apareceram dois homens vestidos de branco, que lhes disseram: Homens da Galileia, por que ficais aí a olhar para o céu? Esse Jesus que acaba de vos ser arrebatado para o céu voltará do mesmo modo que o vistes subir para o céu (At 1, 6-11).


Depois de prometer aos Apóstolos a vinda do Espírito Santo, Nosso Senhor se elevou por seu próprio poder até o Céu empíreo, onde foi recebido com pompas divinas pelo Pai Eterno e toda a corte celestial. A Ele foi dado assento à direita do Altíssimo, de onde voltará, em toda a sua glória e majestade, para julgar os vivos e os mortos. Por este Mistério, peçamos por intercessão da Santíssima Virgem a graça de termos constantemente um ardente desejo de irmos para o Céu, com nossos corpos glorificados.


(Pausa para meditação)


Pai-Nosso, 10 Ave-Marias, Glória, Ó meu Jesus...


Graças do Mistério da Ascensão, descei em nossas almas. Amém.


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No terceiro mistério contemplamos





A DESCIDA DO ESPÍRITO SANTO SOBRE NOSSA SENHORA E OS APÓSTOLOS


Chegando o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um ruído, como se soprasse um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados. Apareceu-lhes então uma espécie de línguas de fogo que se repartiram e pousaram sobre cada um deles. Ficaram todos cheios do Espírito Santo e começaram a falar em línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem. Achavam-se então em Jerusalém judeus piedosos de todas as nações que há debaixo do céu. Ouvindo aquele ruído, reuniu-se muita gente e maravilhava-se de que cada um os ouvia falar na sua própria língua. Profundamente impressionados, manifestavam a sua admiração: Não são, porventura, galileus todos estes que falam? Como então todos nós os ouvimos falar, cada um em nossa própria língua materna? (At 2, 1-8).



O convívio intenso dos discípulos com o Mestre não havia sido suficiente para transformá-los, nem sequer para fortalecê-los. Com a descida do Espírito Santo, a Igreja nascida do mistério Pascal de Cristo adquiriu vigor e se expandiu de maneira miraculosa. Por este mistério, peçamos por intercessão da Santíssima Virgem que interceda por nós junto ao Seu Divino Esposo, para nos obter a plenitude dos dons que tanto transformaram os discípulos de Jesus e, assim, possamos cumprir com perfeição nossa missão.



(Pausa para meditação)



Pai-Nosso, 10 Ave-Marias, Glória, Ó meu Jesus...



Graças do Mistério da Descida do Espírito Santo, descei em nossas almas. Amém.

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No quarto mistério contemplamos








A ASSUNÇÃO DE MARIA AOS CÉUS


Apareceu em seguida um grande sinal no céu: uma Mulher revestida do sol, a lua debaixo dos seus pés e na cabeça uma coroa de doze estrelas. Depois apareceu outro sinal no céu: um grande Dragão vermelho, com sete cabeças e dez chifres, e nas cabeças sete coroas. Varria com sua cauda uma terça parte das estrelas do céu, e as atirou à terra. A Mulher fugiu então para o deserto, onde Deus lhe tinha preparado um retiro para aí ser sustentada por mil duzentos e sessenta dias. Houve uma batalha no céu. Miguel e seus anjos tiveram de combater o Dragão. O Dragão e seus anjos travaram combate, mas não prevaleceram. E já não houve lugar no céu para eles. Foi então precipitado o grande Dragão, a primitiva Serpente, chamado Demônio e Satanás, o sedutor do mundo inteiro. Foi precipitado na terra, e com ele os seus anjos. Eu ouvi no céu uma voz forte que dizia: Agora chegou a salvação, o poder e a realeza de nosso Deus, assim como a autoridade de seu Cristo, porque foi precipitado o acusador de nossos irmãos, que os acusava, dia e noite, diante do nosso Deus (Ap 12, 1-10).





Maria Santíssima, cumprida sua missão nesta Terra, e toda ardente do desejo de se unir ao seu adorável Filho na eternidade, adormeceu suavemente no Senhor. Não foi a morte vestida de luto e tristeza, mas antes o amor divino, adornado de luz e alegria, que veio romper o fio de tão nobre vida. E sem que seu corpo virginal sofresse as injúrias da corrupção, também Ela ressuscitou e foi levada gloriosamente aos Céus, de onde saiu a recebê-La Jesus, com a bem-aventurada companhia dos Anjos e dos Santos. Maria entra na mansão celestial. Toda formosa e resplandecente, como a bendita entre todas as mulheres, a cheia de graça, a predileta de Deus, a imaculada, a mais bela de todas as criaturas. Por este Mistério, peçamos à Santíssima Virgem uma ardorosa e terna devoção a tão boa Mãe.





(Pausa para meditação)



Pai-Nosso, 10 Ave-Marias, Glória, Ó meu Jesus...


Graças do Mistério da Assunção de Maria, descei em nossas almas. Amém.


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No quinto mistério contemplamos




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A COROAÇÃO DE NOSSA SENHORA COMO RAINHA DOS CÉUS E DA TERRA


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Estendi meus galhos como um terebinto, meus ramos são de honra e de graça. Cresci como a vinha de frutos de agradável odor, e minhas flores são frutos de glória e abundância. Sou a mãe do puro amor, do temor (de Deus), da ciência e da santa esperança, em mim se acha toda a graça do caminho e da verdade, em mim toda a esperança da vida e da virtude. Vinde a mim todos os que me desejais com ardor, e enchei-vos de meus frutos; pois meu espírito é mais doce do que o mel, e minha posse mais suave que o favo de mel. A memória de meu nome durará por toda a série dos séculos. Aquele que me ouve não será humilhado, e os que agem por mim não pecarão. Aqueles que me tornam conhecida terão a vida eterna (Eclo 24, 22-28; 30-31).


Nossa Senhora é glorificada pela Santíssima Trindade. “Ela resplandece como Rainha dos Anjos e dos Santos, antecipação e ponto culminante da condição escatológica da Igreja” (Rosarium Virginis Mariae, n. 23). Em meio ao júbilo de toda a corte celeste, o Pai Eterno A coroou, comunicando-Lhe a onipotência da súplica, o Filho, a sabedoria; e o Espírito Santo o amor. Premiada com esse tríplice diadema, Nossa Senhora, Soberana e Mãe compassiva, começa a estender sobre nós, filhos e vassalos d'Ela, a inesgotável abundância de suas misericórdias. Por este Mistério, peçamos por intercessão da Santíssima Virgem a perseverança na graça e a coroa da glória.



(Pausa para meditação)



Pai-Nosso, 10 Ave-Marias, Glória, Ó meu Jesus...


Graças do Mistério da Coroação de Maria, descei em nossas almas. Amém.


Orações Finais: Pai Eterno, Infinitas graças, Salve Rainha e Ladainha de Nossa Senhora.
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